O DIÁLOGO ENTRE NINGUÉM E TODO MUNDO
Ninguém:
- Que andas tu aí buscando
Todo Mundo:
- Mil cousas ando a buscar:
- delas não posso achar,
- porém eu insisto na busca.
- pois bom mesmo é procurar.
Ninguém:
- E como como se chama, cavalheiro?
Todo Mundo:
- O meu nome é Todo Mundo,
- e meu tempo todo inteiro
- sempre é buscar dinheiro
- e sempre nisto me fundo.
Ninguém:
- Eu sou Ninguém,
- e busco a consciência.
-
Texto: Gil Vicente / Auto da Luzitania Imagens: Paul Klee
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