julho 29, 2008

AFÃ DE MUDANÇA

...Do caos para a luz. Sensações. Pipocas estralando na espiriteira. Nesta lida o zíper emperrado e um afã de despir que é irrevogável. Ela compreende e tenta ajudar, mas nada consegue. Ele tenta de novo, afinal o afã é astucioso no querer. O zíper está emperrado. O tempo parou. As eras são neolíticas e a posse comanda o desejo. "E se eu a rasgasse toda?" Ele pensa, mas não põe em prática o pensamento. "E agora?", ele fala. Ela responde que só vai conseguir abrir o zíper em casa. "Me leva para sua casa então!", ele lhe suplica. Aflito como um pernilongo, esperto como uma foca, humilde como um escravo e franco como um belo girassol...