Diante de uma xícara
de chá desaparece a lei. Diante da lei se traduz o alfarrábio. Diante do
alfarrábio se enternece o livro. Diante do livro a pólvora dispensa narrativas.
Diante das narrativas perde-se o fôlego. Diante do fôlego a água se domina.
Diante da dominação se oculta a mulher. Diante da mulher o homem eterniza-se.
Diante do eterno o rico se torna humilde. Diante da humildade está a xícara.
Diante da xícara está o festejado conteúdo. Diante do conteúdo está a
realização da cerimônia do chá...
(trecho retirado do
meu livro Pitchula e os Paranóias)
Pintura: Kay Crain
Nenhum comentário:
Postar um comentário