ABÃNEEGA
PITUBA XERÉM, DISSE COBRA NORATO
(Parte 3)
Cheirando a flor de laranjeira.
Sentindo-se a rainha da cocada preta. Diz a lenda que Miss Toranja não ficaria
muito tempo em Brasília. Ela encontrou um faniquito podre, massa falida e tal,
dentro do disco de pizza que encomendou aos Irmãos Faziolli & Delivery.
Tudo para ela eram causos e desejos. No intento de carregar o andor daqueles políticos de
ocasião. Acabou por dar com os burros n´água. Justo quanto. Sua fabrica de
vaquinhas de presépio estava indo tão bem na Capital da República. Mas
falir era algo complicado de simples. Dança pela vida afora as notas fiscais
emitidas em nome da empresa Vacas Yes Yes. Miss Toranja abriu uma filial dentro
do tribunal superior de notas complementares. Entregava notas fiscais
juntamente com pizzas quentinhas. Tudo no bem bom. Quando afinal. Acordou ela
num mar de lama. Desconhecera até então o que era doença, k de caos, no lúgubre
de raízes a corromper-se, o régio se torna desdentado. Assim é que. Cobra
Norato surge para Miss Toranja num sonho. Ele está atrás de nuvens negras de
temporal que estão atrás de arranha-céus que recortam um céu agora azulzinho feito
beija-flor de Krishna e por detrás deste céu confeitado haviam milhares de
estrelas perfuradas em papel crepom. Neste sonho ele alcança o fundo de uma
floresta incalculavelmente bela. A terra ali é fabricada. Tijolos de terracota
são pulverizados numa prontidão sem fim. As árvores, no entanto, são tecedeiras
de estórias e tramas, são cachos de embromações que saem impressas em tecidos
de couro cru embornal bela raça pano de mangas tergal para sentar e levantar e
tornar a sentar segredos de alcova jeans sovados e descorados mescla morena
saco de pancada leques coaxos pios e fios e pavios.
Beto Palaio
Edição em 5 partes.
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